terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Porque controlar a Frequência Cardíaca?

Porque controlar a Frequência Cardíaca?

Conforme nos esforçamos a freqüência de batimentos do nosso coração aumenta, com o intuito de  bombear mais sangue para irrigar e suprir as necessidades metabólicas dos nossos tecidos e músculos, ou seja, a freqüência cardíaca é um marcador de intensidade de esforço, porque eleva-se proporcionalmente a intensidade da atividade que estamos realizando. Logo controlar a freqüência cardíaca é necessário para quantificar e qualificar a atividade física.

Porque quantificar e qualificar a Atividade Física?

De acordo com a intensidade do esforço realizado, acionamos diferentes tipos vias bioquímicas para gerar energia (metabolismos). Muitos estudos, com diferentes amostras, vem demonstrando que exercícios do tipo aeróbio são os que produzem mais benefícios cardiovasculares (diminuição dos níveis LDL, Triglicérides e colesterol total, manutenção dos níveis de HDL, otimização do metabolismo da glicose, formação de novos vasos sanguíneos, regressão de placas ateroscleróticas, diversas melhoras na regulação hormonal, vasodilatação e melhora da vascularização dos tecidos e músculos inclusive do coração).
Com o intuito de otimizar nossas sessões de exercício, monitoramos a Frequência Cardíaca que como explicado no tópico acima é um bom marcador do esforço que realizamos, afim de mantermos praticando exercícios aeróbios, que comprovadamente traz maiores benefícios ao coração.

Como é determinado a minha Freqüência Cardíaca de treino?

Através de testes ergométrico e ergoespirométrico, que são também chamados de testes de esforço máximo, obtemos a freqüência cardíaca durante o esforço máximo a partir disso aplicamos fórmulas que levam em conta outros parâmetros como por exemplo a freqüência cardíaca de repouso e obtemos a faixa de treinamento aeróbio (para testes ergométrico), no caso da ergoespirometria esses valores são obtidos levando em conta além de parâmetros cardíacos parâmetros pulmonares (por isso você que já fez um teste assim fica com aquele bucal!) e a partir disso traçamos os chamados limiares (que não são nada mais nada menos que as freqüências cardíacas de treino!). Tudo com o objetivo de manter-los praticando exercícios de forma mais eficaz possível.

Por fim...
Os testes de esforço realizados na nossa unidade e fora dela, são o exames que nos guiam para otimização das nossas sessões de exercício físico. A partir deles temos as freqüências cardíacas de treino Mínima e Máxima:

Mínima: Indica que a partir dessa freqüência cardíaca seu organismo está se utilizando do metabolismo aeróbio, realmente obtendo os benefícios que objetivamos no programa!

Máxima: Indica o limite que devemos alcançar, pois a partir dessa freqüência outro tipo de metabolismo (anaeróbio) está predominante, diminuindo os benefícios dos exercício aeróbio e principalmente aumentando o risco cardiovascular!


Thúlio Ramos de Andrade
Professor de Educação Física
Aprimorando da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício
INCOR HCFMUSP



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SERVIR: Privilégio de Poucos

É natural ao coração humano a busca de conforto, status, poder e tudo quanto vem agregado a estas realidades. Tiago, João e sua mãe foram até Jesus solicitar tais privilégios na consumação do reino de Deus. Jesus não disse nem que sim, nem que não, mas aproveitou para reforçar que o reino de Deus é reino de servos e, portanto, os servos são os verdadeiros governantes do mundo. No reino de Deus, o privilégio e o ônus de governar não é das “pessoas importantes”, mas dos servos, até porque, governar é servir. No reino de Deus, a maneira de governar não é exercendo domínio sobre os governados, mas servindo os governados, até porque, governar é servir. Na lógica do reino de Deus, o oposto também é verdadeiro: servir é governar.
Para servir é necessário sair da zona de conforto, isto é, fazer o indesejado, dedicar tempo para tarefas pouco atraentes, assumir responsabilidades desprezadas pela maioria, fazer “o trabalho sujo”, enfim fazer o que ninguém gosta de fazer. Para servir é necessário vencer o orgulho, isto é, se dispor a ser tratado como escravo, ter os direitos negligenciados, ser desprestigiado, sofrer injustiças, conviver com quase nenhum reconhecimento, enfim, não se deixar diminuir pela maneira como as pessoas tratam os que consideram em posição inferior. Para servir é necessário abrir mão dos próprios interesses, isto é, pensar no outro em primeiro lugar, ocupar-se mais em dar do que em receber, calar primeiro, perdoar sempre, sempre pedir perdão, enfim, fazer o possível para que os outros sejam beneficiados ainda que às custas de prejuízos e danos pessoais.
Não é por menos que em qualquer sociedade humana existem mais clientes do que servos. Servir não é privilégio de muitos. Servir é para gente grande. Servir é para gente que conhece a si mesma, e está segura de sua identidade, a tal ponto que nada nem ninguém o diminui. Servir é para gente que conhece o coração das gentes, de tal maneira que nada nem ninguém causa decepção suficiente para que o serviço seja abandonado. Servir é para quem conhece o amor, de tal maneira que desconhece preço elevado demais para que possa continuar servindo. Servir é para quem conhece o fim a que se pode chegar servindo e amando, de tal maneira que não é motivado pelo reconhecimento, a gratidão ou a recompensa, mas pelo próprio privilégio de servir. Servir é para gente parecida com Jesus. Servir é para muito pouca gente.

por Ed René Kivitz